O Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna é celebrado todo dia 28 de maio.
Esta data visa promover um debate a nível nacional sobre a importância dos cuidados para a saúde da mulher. Além disso, fortalecer a necessidade de melhores políticas públicas que ajudem a garantir condições médicas de qualidade para as gestantes.
Nesta data ainda é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, iniciativa que teve início durante o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, na Holanda, em 1984.
Ficou definido que o dia 28 de maio seria destinado a estimular o debate e a reflexão a nível mundial sobre os métodos e ações políticas necessárias para melhorar as condições de saúde da mulher gestante, principalmente.
No Brasil, o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna foi instituído através da Portaria do Ministério da Saúde nº 663/94.
A diminuição da mortalidade materna é uma das principais metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
As duas principais causas específicas de morte materna no Brasil são a hipertensão e a hemorragia. Outras causas obstétricas diretas importantes são a infecção puerperal e o aborto.
Nos últimos anos, o Brasil conseguiu diminuir em mais de 40% a taxa de mortalidade materna no país.
Morte materna é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.
O cálculo da Razão da Mortalidade Materna deriva da relação entre o número de óbitos maternos, a quantidade de nascidos vivos durante o ano em determinado espaço geográfico, multiplicado por 100 mil.
Morte materna obstétrica direta é a que ocorre por complicações obstétricas durante a gravidez, o parto ou o puerpério. Morte materna indireta é aquela resultante de doenças pré-existentes à gestação ou que se desenvolveram durante este período e que não foram provocadas por causas obstétricas diretas.
O risco de morte materna e fetal têm diminuído ano após ano no Brasil e no mundo, devido a realização do pré-natal e aos modernos meios de diagnóstico e de tratamento atualmente existentes, mas as mulheres que não recebem o acompanhamento adequado durante a gravidez e o parto, têm maiores chances de complicações.
A melhor forma de conseguir uma gravidez saudável, para o bebê e para a mamãe, é garantir que a mulher tenha assistência necessária durante sua gravidez. Para isso é necessário:
- Acompanhamento pré-natal desde o início da gravidez até o momento do parto;
- Realização de todos os exames necessários durante o pré-natal;
- Comer bem, apostando nos alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes, cereais, grãos e carnes magras;
- Só fazer exercício físico quando acompanhada por um profissional qualificado;
- Controlar qualquer doença existente realizando exames e seguindo o tratamento proposto pelo médico;
- Se informar sobre o parto e se escolher o parto normal se preparar fisicamente para ele para tentar diminuir o tempo de trabalho de parto;
- Não tomar remédios sem orientação médica;
- Evitar o ganho de peso exagerado na gravidez porque as alterações cardíacas aumentam o risco de morte no parto;
- Manter a diabetes bem controlada todos os dias;
- Prevenir que a mulher engravide novamente no período de, pelo menos, 1 ano;
- Suplementação de ferro e ácido fólico durante a gravidez para prevenir mal-formação fetal.
Referências citadas:
- Boletim Epidemiológico N° 20. Volume 51
- Manual de Preenchimento das Fichas de Investigação do Óbito Materno
- Guia de vigilância epidemiológica do óbito materno