Senta a Pua

Senta a Pua é um documentário brasileiro de 1999 dirigido por Erik de Castro. O diretor produziria ainda A Cobra Fumou em 2003 e dirigiria novo documentário em 2012, O Brasil na Batalha do Atlântico, encerrando uma trilogia sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

O documentário versa sobre a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro homônimo do brigadeiro Rui Moreira Lima, conta com depoimentos do próprio Lima e outros integrantes do grupo como os brigadeiros Corrêa Netto, Meira, Neiva e Joel Miranda.

O Avestruz Guerreiro do “Senta a Pua!” foi para a FAB o que representa o emblema “A Cobra Está Fumando” para o Exército, através das batalhas de Monte Castelo, Montese e outras, sustentadas e vencidas pelos heroicos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

Simbologia do Emblema:

faixa externa verde-amarela – o Brasil

avestruz – velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estômago dos pilotos, que aguentava qualquer comida.

quepe do avestruz – piloto da Força Aéerea

escudo – a robustez do P-47 e proteção ao piloto.

fundo azul e estrelas – o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul

pistola – poder de fogo do Thunderbolt

nuvem – o espaço aéreo

fumaça e estilhaços – a artilharia antiaérea (FLAK) inimiga

fundo vermelho – o sangue derramado pelos pilotos na guerra

frase “Senta a Pua” – o grito de guerra do 1º GAvCa

“A Força Expedicionária Brasileira (conhecida também pela sigla FEB), foi uma força militar aero-terrestre constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases – o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. Tal força (incluídos todos rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento, e um esquadrão de caças. Seu lema de campanha “A cobra está fumando”, era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”.

Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências, somente tentando se aproveitar das vantagens oferecidas por elas. Tal “pragmatismo” foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidos e o governo brasileiro acertaram a cessão de bases aéreas na ilha de Fernando de Noronha e ao longo da costa norte-nordeste brasileira para o recebimento de bases militares americanas (caso as negociações não tivessem efetuado resultado, com Vargas e os militares insistindo em manter a neutralidade, os EUA tinham planos para invadir o nordeste brasileiro).

A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matéria-prima) exportados do continente americano (como consta nos diários de Goebbels e nas memórias do almirante Donitz).Considerados vitais para o reforço de guerra dos Aliados, estes suprimentos a partir de 1942 via Atlântico norte, se destinavam também à então União Soviética.

Tinha também por objetivo, a ofensiva submarina do Eixo em águas brasileiras intimidar o governo do Brasil a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta Coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos Americanos interessados em que o país entrasse no conflito ao seu lado.

Créditos: sentandoapua.com.br

 

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